sábado, 29 de março de 2014

segunda-feira, 17 de março de 2014

Porque falar de amor era pouco, falar de tudo era pouco, falar de dentro era assim.
Saltar de mãos dadas impulsiona o voo. 
  

quinta-feira, 13 de março de 2014

Do que reconhece, do que aperta, do que salta. Dos dias invernais, das multidões que desaparecem, das madrugadas que olham. Do riso fácil, da lágrima histérica, de tudo que é grande, pequeno e ridículo. Dos sustos. Das luas que iluminam raízes.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Hoje, tarde, um vendedor ambulante perseguido por dois policiais, alcançado, jogado de frente para uma parede, a 10 metros de mim. Hoje o vendedor estraçalhou no chão todos os óculos de cabeça pra baixo, como: em cima disso vocês não levam nada. Hoje o mesmo vendedor lançado com insistência na parede enquanto mostrava os documentos. Hoje a joelhada de um interrompeu-se no ar, a mão do outro preparou o cacetete. Hoje, noite, dois policiais outros-como-se-os-mesmos, na esquina, agrediam um homem bêbado. Hoje um homem era acuado pelos dois policiais outros-como-se-os-mesmos por estar bêbado. Hoje outro homem bêbado fumava deitado na porta de um bar. Hoje a cabeça dele pra dentro, as pernas pra fora, os dedos pra cima olhando a fumaça. Tem dias como o de hoje, em que os ciclos espantosamente se completam.
   

segunda-feira, 3 de março de 2014


e eu me encanto por mergulhar por dias seguidos nessa escuridão cheia de iluminadas revelações. Aí quando o dia é assim, tão claro, fica faltando um tanto de neon amarelo.