quarta-feira, 29 de setembro de 2010

                             
.vinte e quatro horas e mais vinte e quatro horas vezes três texto pronto salvo contato o texto guardado notícias e combinações descombinadas na prática mais vinte e quatro horas impressionada começa a restar pouco revivo realidades aqui não reconhecíveis até então entendo pouco ou entendo tudo o que há horas e dias sem saber por horas e horas.
                   

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

...observando alguns mistérios do mundo... as explosões repentinas, estouro de terra no ar e os pensamentos imediatos que chegam sem controle. luz e sombra, calor e energia, estilhaços espalhados para o bem. sonhos que me acordam aflita, ansiosa, procurando os sentidos que parecem ter. são só um aglomerado das imagens do dia? das fotos vistas, imagens comentadas, histórias que vivencio mais do que deveria? ou trazem respostas que deveria ter ouvido por mais tempo, prestado atenção nos rostos e números de telefone, sem acordar? ou naquilo que ainda não percebi? ou em tudo o que pode ser que só perceba tempos à frente? os acontecimentos todos, frutos de alguma necessidade submersa, dolorosamente emergindo em mudanças incertas como cada dia. os pensamentos mal sabem o que dizem, e passo por eles limitada a tudo o que só entendo até uma parte.
   

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Caminante, son tus huellas / el camino, y nada más;
caminante, no hay camino, / se hace camino al andar.
Al andar se hace camino, / y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca / se ha de volver a pisar.
Caminante, no hay camino, / sino estelas en la mar

Caminhante, são teus rastos / o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho, / faz-se caminho ao caminhar.
Ao andar faz-se o caminho, / e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais / se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho, / somente sulcos no mar.

(Antonio Machado)
   

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

                      
Uma bomba explodindo por aqui Pedaços espalhados pelo espaço sem que haja tempo de entender Essa noite o planeta deu uma volta em apenas alguns segundos e em seguida o tempo passou arrastado como nunca Ânsia Ânsias Ansiedades e sufocos, pouco ar pra muitas questões Vontade de controlar as energias todas e resolver as situações plantadas sem sentido e sem paz A sua vida tornou-se minha A sua busca tornou-se minha Nunca fui tão clara sobre isso mas é assim Quatro anos, quase (parte deles conheço por história) e o limite da suportabilidade Amor querendo acompanhar Procuro uma fresta para estar perto Procuro e encontro a presença nas coisas que nessa madrugada ficaram naquele espaço que também é um pouco meu Duas páginas de palavras saíram bagunçadas, são para nós Fiquei pequena perto de uma imensidão que me engoliu Hoje pela manhã caí numa cidade cheia de estranheza e vazia de significados, como eu.