terça-feira, 31 de maio de 2011

 
‎"Ó o senhor de pé aí, pessoal! Ó o jovem cavalheiro que não esteja morto! Ó o sono aí, pessoal!"

D'um menino de uns 17 anos vendo de pé um senhor no metrô. Às 9h. Mas a prosódia era o melhor. Ninguém levantou.
 

domingo, 29 de maio de 2011

   
espelho: feche - ou abra - os olhos e atravesse essa parede imaginária. ela já se dissolveu. há mais histórias a se construir do outro lado do rio e a travessia já aconteceu. então, ouça com ouvidos quase surdos essa rememória inevitável. deixe ser, porque você construiu para o bem e para o ciclo virar. 'bora navegar!
  

sexta-feira, 27 de maio de 2011

      
Aí foi um sorriso pelo movimento projetado na tela. Pulsação; conte histórias para este poema feito pelo oceano. Desvendar emoções estéticas nessa falta de palavras, enquanto só as palavras são o toque e os olhos deste real planeta paralelo. Conduzir. São danças, essas.
  

quarta-feira, 25 de maio de 2011

sexta-feira, 20 de maio de 2011

             
Um nome que abraça o outro durante a presença invisível. Que os movimentos e as histórias se encontrem de algum lado dessa travessia. E permaneçam entre um e outro, pelas suposições transformadas em realidades. O que eu quero é simples e sorri.
  
     

segunda-feira, 16 de maio de 2011

  
.aula de dança.
 
"Eu nasci em Alagoas e não fui registrado. Aí eu resolvi que ia embora pra São Paulo. Eu tinha 16 anos mas precisava tirar a reservista, e eu fui no cartório pra fazer o meu registro. Eu nasci em outubro, mas inventei que nasci em maio, e um ano antes, pra poder ficar maior de idade. Aí eu escolhi o dia 12 de maio pro meu aniversário, porque tinha uma música bonita, que eu gostava, que falava dessa data, era uma homenagem. Então eu escolhi o dia do meu aniversário. Ah, é, era 13 de maio, né? Mas eu confundi, achei que era 12, então ficou sendo 12 de maio. Então hoje eu tenho 73 ou 74 anos, depende se conta o dia que eu nasci mesmo, ou o dia que está no registro. Mas o documento é o que vale, não é?"
"Eu desde pequeno ouvi falar que homem tinha que ser sério, assim, sabe? Bem sério, mesmo. Com o meu pai era assim que a gente aprendia. Só agora eu to descobrindo que existe um palhaço dentro de mim."
E de onde vieram os movimentos que vocês fizeram? "De lá, da música." Mas da música, de dentro do aparelho de som? "Não. É que a música entra em mim, dentro do meu corpo, e quando sai se transforma em dança, e saem os movimentos." 

José, 73 (ou 74) anos, depende... CEU Alvarenga.
                 

quinta-feira, 5 de maio de 2011

   
começou assim...

...ir ao teatro era prática comum, com os pais, com os avós. Quantos anos de idade? Uns 3 ou 4, talvez. Depois aprendeu a ler e, aos finais de semana, tornou-se habitual olhar a programação no suplemento infantil do jornal para escolher um espetáculo: “Alô? Vó, me leva?”. Algum tempo depois, uma coleguinha de escola encontrou um curso de teatro. Um pouco “Maria-vai-com-as-outras”, foi também. Era 1990. Ficou.
Aula livre, o sábado de atividade aguardado com ansiedade, e a brincadeira cênica foi fazendo sentido e movimento. Quase 3 anos depois, encasquetou que, no curso dividido por idade, estava sempre voltando à estaca zero. Resolveu sair e esperar completar 15 anos para ingressar no curso profissionalizante. Poucos - bem poucos - meses depois, de férias da escola, assistiu a um show de violão por acaso. Chorou ao ver o palco. Voltou pra casa e para o teatro, não poderia esperar mais 2 anos, ainda.
O novo curso virou um grupo amador por quase 6 anos. Tempo suficiente para criações, histórias, amigos, conflitos, entrega, insistência. Dali passou a integrar também o elenco de um infantil profissional. Tornou-se mascote, menina-criança-adolescente-adulta.
A faculdade foi de teatro. Educação Artística, na verdade, para seguir habilitação em Artes Cênicas. Curso onde as artes cênicas eram vistas, naquele momento, como teatro - e muito pouco mais que isso. Entre as colegas de sala, encontrou algumas bailarinas. “Vamos fazer um workshop de dança? São 3 dias”. Silêncio. “Não, de jeito nenhum, não vou acompanhar”. Foi. Acompanhou. Acompanhou mais ou menos, na verdade. No final o corpo já não estava entendendo mais. Mas gostou, e muito. Tratou de perceber que o trabalho de corpo era, talvez, o que mais a atraía no teatro.
Daí pra frente, mais grupos, na faculdade, por fora, nos horários que foram tão bem-vindos fora da grade curricular. Pessoas com as quais se identificou. Dança e teatro, tentar juntar, misturar, produzir. A dança ainda era suporte para a atriz que encontrava um novo prazer. Depois da formatura, a turma graduada virou grupo de teatro. Temporada, editais, espetáculos. A dança (já em outro grupo) corria paralela. Tinha ido só fazer aula em Diadema, aquela cidade vizinha, mas quando percebeu, já era elenco do grupo também. Começou a se meter a escrever sinopses e arriscar projetos. Os grupos andando, ambos. Dança e teatro. Complementares, conviveriam bem, talvez. Mas as datas batiam. Os horários se encontravam. As necessidades de cada um eram maiores. Havia uma escolha.
Inverteu tudo, então, e escolheu a dança. Qual? Os nomes, talvez, dêem conta de algumas descrições, talvez não. Dança contemporânea, dança-teatro. Gesto e movimento. Bases técnicas que faltavam (faltam, ainda). Idéias para materializar no corpo. Inseguranças: idade, fisicalidade. Arte é matéria física, concretizada, expressão posta visível, sensível. É preciso – muito – saber (como) fazer.
Vieram as primeiras experiências docentes – onde, pouco a pouco, descobriu também grande prazer. Estendeu essa prática até hoje.
E integrou um grupo intenso, por 8 anos, até que por algum motivo achou que era hora de estar em outro lugar.
O que mais? Gosta muito de música, a estimula. Não come animais. Produz melhor à noite. Tem muita fome quase sempre. E fica com muita fome quando assiste a espetáculos que a emocionam.
A terceira pessoa vira-se em primeira, agora. Olho para mim, para as horas, calendários corridos. Em São Paulo, desde sempre. Cidade lotada de atividades, pessoas, poluição, possibilidades, lotada de pouco tempo, lotada de encantamentos e estafas. Como fazer? Tempo de aprofundamento. Tempo de descobrir meu espaço, entender as possibilidades, reencontrar as vontades. Com quem, além dos parceiros de já tanto tempo? Com quais novos estímulos, agora? Onde me encaixo como bailarina não-virtuosa, interessada em qual dança?, porém não menos corporal? Como escapar das tendências-amebas, ter qualidade e propriedade, mas sem querer reinventar a roda, sem ignorar o que já se construiu? Aprender e criar. Tempo de buscar onde me encontro.

2010/2011/....
      

quarta-feira, 4 de maio de 2011

                        
O espetáculo "Lugar algum", da iN SAiO Cia. de Arte, será exibido no programa "Dança contemporânea" (SESCTV), à meia-noite de hoje, dia 04 de maio (virada de quarta para quinta-feira).
Em São Paulo, o canal é acessado pela NET (canal 137) ou SKY (canal 3).

Reprises:
05/maio, 5ª feira - 04h e 18h
06/maio, 6ª feira - 22h
07/maio, sábado- 02h e 21h
08/maio, domingo - 05h e 18h
09/maio, 2ª feira- 01h e 16h

Para informações sobre como sintonizar o SESCTV nos demais canais do Brasil, acesse: http://www.sesctv.org.br/comosintonizar.cfm?estado=0

Divulguem e assistam!! Visitem o blog da iN SAiO!