sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010


Antes mesmo daquele registro os pés até então comportados fizeram a primeira bolha da semana então O homem no ônibus cheirava mal isolado afastavam-se mas A voz intermitente ecoando até agora nem lembra mais O carro que procurava os caminhos que talvez não existam para Um corpo machucado à toa enquanto As viagens incompreendidas e opostas corriam porém Eram mais nítidas do que os sentimentos que traziam Uma temperatura tão alta que quase escondia um prédio em segredo.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Despencava como nos sonhos recorrentes, onde a iminência do contato com o chão fazia acordar, mas era só queda sem fim. Era o espaço do tempo-depois escuro, sem imaginação. Sem graça ou ação, sem existência. Encontrava vontades como que por trás das grades, a brincadeira das dualidades ficando verdade. Enquanto isso, a esperavam o mar e os suores. As telas viciantes tomavam conta do tempo que se perdia em pensamentos estancados, os abismos perdidos, os riscos amedrontados, impulsos guardados em lugar algum, em algum lugar. Seus desenhos apagados nos humores secos. Sua imagem sem contorno.