domingo, 19 de julho de 2015

O lugar é mais que espaço. Que ser espaço é mais do que terreno e construção. Ali é memória de tempos, resgate de histórias, retorno de gentes, regresso das funções multiplicadas pelos contextos uns, outros, alguns. Onde eu soube chegar desde com pequenas mãos dadas até as próprias pernas durante anos de estar(es). Tem cheiro próprio, dessa vez igual mas não. A cor de tijolo, que domina em parte mas é como se fosse tudo, reconstrói em mim casas antigas, translúcidas, mais internas do que evidentes, dessas que só se vê quando não se está mais. Ou quando se está de volta. Ao mesmo tempo re-estar e vermemória, e sou-eu-hoje-todas-as-outras-de-mim, sobrepostas, umas maiores que outras, e outras mais opacas que umas, e nem uma nem outra mas também; seguinte.
 

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