quinta-feira, 1 de setembro de 2011

   
No dia da fotografia desbotada, era um corpo-casca prestes a rachar. Então atravessa portas para escapar de dentro de si e encontra peças que se encaixam sem regras, multiplicam-se ainda ao longe e atravessam quentes pelas artérias. Hoje é dia de força e cura; cores que ofuscam em sorrisos brilhantes pelo caminho intermitente. As águas lavam à sua medida enquanto me viro ao contrário e quero tão profundamente quanto duvidosamente inverter as doações que nada pedem em troca, exceto aquelas desejadas para sempre. Desinteressou-me esse não camuflado, ouvido espalhado. Do melhor e do pior de mim constitui minha matéria de ser, tão óbvia quanto ainda em trabalho de parto. O corpo-alma que tanto foi suporte, e meio, pede para enxergar e receber vontades. Gosto esfomeado, forte e ácido-adocicado, esfumaçado às vezes, vermelho-vinho, querendo espaço, querendo espaço, querendo espaço e cria. Ninar(nos) em disparos de vida. Isso é o tempo.
      

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