quinta-feira, 11 de agosto de 2011

                  
No primeiro ato desse agosto, chavões que tomam conta de um coração na boca. Eu por dentro respondendo inteira ao que é mais do que aparência. O número imenso de tempo que se anunciava encerra a contagem regressiva e agora, no limiar da proximidade, prevejo a realidade cheia de medo e felicidade. No segundo ato a imagem que se aproxima me brilha por dentro. Durante os passos incontáveis, eu-uma-inteira-acelero, atenta para as palavras que podia ouvir. São os olhos cabelos boca mãos sorrisos, e aquele espaço minúsculo entre os dentes onde quero me instalar por instantes que não terminem. Pisco só para mim, acreditando. No terceiro ato, explosão plena e toda falta de palavras. No quarto ato quero lembrar Saramago, "se não disseres nada compreenderei melhor, há ocasiões em que as palavras não servem de nada". Pergunto imersa em interpretações e desejos.
      

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