segunda-feira, 11 de julho de 2011

 
E se for mais perto do que parece, se forem reconstruídas as imagens apagadas pela fumaça desse tempo difuso, e se houver significado nos sonhos parecidos em lugares distintos, se for assim porque foram sonhados na mesma noite, e se eu me assustar com isso a ponto de perceber, e se me confundir em meus próprios desejos, se as palavras saírem assim sem som para rebater em paredes de concreto, se minhas peles e ares voltarem a responder pelo movimento e essa minha fome for saudável, e se dissolver de/em mim esse corpo estranho, se for por impulso, e as músicas carregarem histórias, e os cheiros me preencherem como nunca, e como sempre.
   

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