domingo, 26 de junho de 2011

  
Que imagens passam por dentro dos olhos que parecem ver mais fundo? Eu, no mais branco do que antes. Estrada, banho, bacia, saudação e cheiro, apreensão. Panos saias cabelos, uma forma que parece não me caber mas está aqui, eu tão fora do ninho quanto dentro dele. Bicadas de costas de álcools vários, fumaças, mais trocar do que absorver. Volta em mim a timidez da menina que está ainda guardada tão perto de hoje, algum receio incompreendido. São sons gigantes, danças e danças e brasa que se apaga na palma da mão, seguida do gesto-presente que abre fendas para os olhos molharem buscando leituras. Festa, festa, ouço algo sobre semente, sobre início, sobre começo. Sou levada aos pés da energia-gente-homem, é noite/dia de encontrar quem !!, realização imensurável. Assumidamente em muitas lágrimas - ainda - porque o inesperado, quando concreto, é ao mesmo tempo o que há de mais próximo e mais distante em mim. Meus pés e palmas aos poucos soando também. Eu não sei responder, ainda olho. Neblina e risco, sono coletivo que passa uma rasteira nas horas curtas. Amanhece onde me parece ser um universo suspenso. O retorno é quase meio do outro dia. À minha irmã-anja, obrigada por abrir caminhos, mesmo que eu não saiba bem onde me encontro entre tantos olhares.

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