terça-feira, 29 de março de 2011

           
Desfocada explosão. Passa um instante. Queda que irrompe para o alto. Passos tensos perseguidos de prazer. Impulsividade quente, temperatura vermelha entre luzes noturnas. Olhares insistentes, sentidos, carne moldada por arrepios que contradizem e agem. Gritos em forma de sonhos em diferentes velocidades. Pancadas dos contrários que borbulham e revelam-se. Fenda de dentro das cabeças e bocas escancaradas, cristal espatifado, cura que beija flores em delírio. Estilhaços, vôo e feixes de tinta fosforescente desenham asas. Um homem se transforma em ave que se transforma em homem que se transforma em ave. Visão-travessia; dança escorrida.
para Paranóia.
           

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito profundo....
Juliana