sexta-feira, 26 de novembro de 2010

                               
Dia assim, sem dó. Todas as suposições. Lembranças apertadas nos cantos da não-manifestação levantam aos poucos os olhos, espiam os espaços, as estradas, os horários. Tanto a compartilhar e falar e ouvir, mas dizer ou não dizer dá em coisa alguma, entre textos indecifráveis e pretextos incertos. O chão torna-se móvel e atravesso, equilibrista de vontades e verdades e não verdades, mirando os próprios impulsos de refazer. Contagem regressiva adiante. Equilibrista de novo, e atravesso diferente, no cuidado com cada pétala, entre as escolhidas, guardadas junto às palavras, quando as palavras faltam. Não são só minhas, talvez, mas escorrem líquidas, vez ou outra, para lugares de silêncio.
 

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