terça-feira, 8 de junho de 2010

                                                                     
De noite a cidade é mais bonita. Tão mais bonita. Foi quando começou a mudar. Chegada familiar ao mesmo tempo que incógnita, ecoando estranhamentos. Depois eram rumos incertos e idiomas variados, todos?, palavras trocadas, ladeiras-muitas-ruas-estreitas de luzes coloridas e cheiros, cheiros, cheiros. Crianças. Trens de todas as pequenas moradas, correndo por uma lente de vidro transparente, minha, que buscava imagens menos reais. Boas histórias, placas, gentes, noites claras de sol e vinho. Chãos de pedra e pequenas portas baixas, de verde antigo. História concreta nas águas próximas, nas paredes, nos poemas, história nos lugares e vidas contadas. Comunicação universal em felizes tentativas inesperadas. Pretéritos mais que perfeitos imperfeitos. Olhos nos olhos, nas filas, poltronas. O sim que poderia ser amedrontava tanto quanto o não que veio real. Parte do teto desaba sem metáfora. Frases mímicas quase formuladas. Movimento na sala, nas dúvidas, em cena, da rapidez que deixa impressão de ação diluída na memória. Música na rua, dança de quem entrar, e sair, e voltar, e fechar os olhos e ver-ouvir.
A fala cantada ecoando nas minhas leituras.
Cronologia própria, o tempo diferente. O que vim/fui mesmo fazer aqui? Procurar vontades. Não sei se encontro. Ainda por vir. Não sei se me encontro.
Passaram-se meses em uma semana.
      

2 comentários:

Como murcham as rosas... disse...

hm, colocou meu blog na lista, valew, o seu tbm tah na minha

Anônimo disse...

lindissimo!
beijo,
Júnia