quarta-feira, 28 de abril de 2010

   
Cedo. Grito
curto, quase nem era
     grito, e de repente. Queda,
 o vermelho pela calçada. Fissuras
 em trevo
   no topo da cabeça. A menina
               pequena tirada às
       pressas, olhos estalados sem compreensão: a seu lado
    no segundo anterior. Pensamento
             buscando solução rápida para a imagem
        estendida no tempo, o tempo dilatado ao mesmo
             tempo que instantâneo. Pergunta
    óbvia, resposta óbvia. Algum som e
              o rio, fio vermelho, ação desconhecida,
 instantes, alguém ao telefone. Rápido
          agrupamento em torno, sempre
 há. Coração disparado, indefinidamente
          sem saber o que foi. O caminho seguiu-se enquanto corria
                       o rio vermelho.
 Horas depois, mais
                        nada
                      na
             calçada.

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