domingo, 23 de novembro de 2008
Disputa? Concorrência? Descaso? Descompromisso?
Quantos mais assim?
Inconformismo, frustração, tristeza. É impressionante. Cortaram-nos no momento de dar uma nova largada.
Sigamos. A expressão falará por nós, em nossas possibilidades, do nosso tamanho, nas nossas vontades e em tudo o que podemos fazer.
Uma questão (de) Temporal: nossa VEZ será sempre que estivermos juntos. CORPO.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
domingo, 21 de setembro de 2008
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
não parar – não parar – não parar - - -
e o corpo? pra onde?
partes se despregam e ficam pelos caminhos... enquanto outros caminhos surgem... enquanto outros não surgem... enquanto partes...
falta tempo - se esticássemos...... O nosso, aqui.
Toca o despertador. Já é tempo, ou parte dele. Que surge.
O que uma dor pode dizer a respeito de tudo?
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Quadros. A condição humana em tempo de solidão, desencontro e degradação - ambientes ácidos e densos. Dançar uma humanidade partida, indivíduos em um coletivo agressivo, violento e por vezes cruel.
oficina: "Impressão do Movimento": das 15h às 17h
ATIVIDADES GRATUITAS
(Caravana do Ponto de Cultura "Bailando na Cidade")
local: Centro Cultural Serraria
Rua Guarani, 790 - Serraria - Diadema/SP tel.: (11) 4056.4950
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Ontem joguei montes de coisas fora. Sobra, ainda.
(falta) espaço, espaços, espaço(s)
Reflexo de anos atrás. O espelho inverte papéis.
Grito, duvido. Não respondo. Amendronta-me.
Os futuros presentes e as necessidades.
Lembro tanto dos impulsos que não reconheço.
A não ser pelo outro lado.
...desobviedadeouestupidezansiosadequalquerumdosmedos...
Signo de gêmeos, livro da Cecília Meirelles que ganhei na infância, contradições, dialéticas, escolhas, bifurcações-trifurcações-enforcam-me.
Mas tem aqueles instantes de...
Depois vai, vem, e tudo se apaga.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
sábado, 12 de julho de 2008
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segunda-feira, 7 de julho de 2008
Palavras que expulsam sensações. Vontade de dizer... O que? É mentira? Novo? Antigo? Pergunta-pergunto-perguntas. Certas respostas não existem. Vontade de desfazer, refazer, fazer. O medo é humano como as dores. Ser, gerar, poder. (sempre os verbos, os verbos, só verbos, tão verbos).
Contar uma história que faça sentido. Fazer sentido? E?
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Os corpos, abraçados, vão mudando de posição enquanto dormimos, virando para cá, para lá, sua cabeça em meu peito, minha perna sobre seu ventre, e ao girarem os corpos vai girando a cama e giram o quarto e o mundo. "Não, não", você me explica, achando que está acordada: "Não estamos mais aí. Mudamos para outro país enquanto dormíamos".
("Sonhos", Eduardo Galeano)
sexta-feira, 30 de maio de 2008
domingo, 25 de maio de 2008
quinta-feira, 22 de maio de 2008
...andando de um lado para o outro, sempre no mesmo espaço, na sala do apartamento, o chão iria gastar e eu cairia no Japão (depois pensei que, na verdade, cairia no andar de baixo)...
...nascemos com o estoque completo de voz, cabelos e unhas, e ao longo da vida eles iam saindo do corpo aos pouquinhos. Só não entendia exatamente onde tudo isso ficava guardado...
...quando o Professor Parapopó, do Bambalalão, disse "Ei, você que está aí comendo pipoca, numa cumbuquinha azul...", eu tive certeza que aquele era o dia em que ele estava me vendo pela televisão (afinal, a cada dia ele conseguia ver uma criança diferente. E naquele dia, eu de fato comia pipoca na cumbuca azul). Gritei pela sala como louca: "hoje é pra mim"!!...
...eu era pedestre. E não entendia porque a professora insistia em dizer que o sinal verde era “pra passar”, se eu só atravessava a rua com o sinal vermelho...
sexta-feira, 16 de maio de 2008
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FIGURAS DE VAN (trechos) / grupo Danceato
(parte da programação da homenagem que será feita a Ivonice Satie)
dia 20 de maio, terça-feira, 20h
local: Teatro Clara Nunes - Centro Cultural Diadema
Rua Graciosa, 300 - Centro/ Diadema
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COVACHA / grupo Danceato
dia 22 de maio, quinta-feira, 19h (feriado!!)
local: Teatro Clara Nunes - Centro Cultural Diadema
Rua Graciosa, 300 - Centro/ Diadema
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SILENCIARAM / grupo Corpo da Vez
dia 23 de maio, sexta-feira, 19h
local: Teatro Clara Nunes - Centro Cultural Diadema
Rua Graciosa, 300 - Centro/ Diadema
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OFICINA DE DANÇA-TEATRO (Adolescente / Adulto) - com o grupo Danceato
dia 20 de junho, sexta-feira, 10h-12h
local: SESC São Caetano
Rua Piauí, 554 - Santa Paula/ São Caetano do Sul
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COVACHA / grupo Danceato
dia 20 de junho, sexta-feira, 20h
local: Teatro da Universidade Municipal de São Caetano do Sul
Campus I - Avenida Goiás, 3400 - Bairro Barcelona/ São Caetano do Sul
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SILENCIARAM / grupo Corpo da Vez
dia 28 de junho, sábado, 20h
local: TD - Teatro Itália/ Teatro de Dança
Avenida Ipiranga, 344 - Subsolo do Edifício Itália - Centro/ São Paulo
quinta-feira, 8 de maio de 2008
(...)Não, Nosso Senhor / Não há de ter lançado em movimento terra e céu / Estrelas percorrendo o firmamento em carrossel / Pra circular em torno ao Criador (...)
("Sobre todas as coisas", Edu Lobo e Chico Buarque)
Quando qualquer instituição priva adolescentes entusiasmados, criativos e criadores, do contato com a arte... enfim, nada pode ser tão distante de d(D?)eus, embora disfarçado em “seu nome”, seja eEeEeEele (múltiplo, como toda criação) da forma que for.
(pequeno desabafo (quase) óbvio)
domingo, 27 de abril de 2008
...espaço...
Um segundo, a distância entre a vida e a morte. Não ser. Deixa-se de ser?
Sem ar, inerte no susto do nada. Penso que seja como um susto. De repente, é. Sempre um susto.
E enfim, perenes naquilo que de nós fica. Nessa continuidade insistente, enquanto assim nossas vidas também tornarem possível, enquanto não dermos o susto final em nosso próprio mundo. Partes de nós cravadas por cada caminho, aí sim essa tal vida após a morte, presente apenas (e tanto) na eternidade do tempo de quem vive, ainda. Nós somos “ainda”, ao mesmo tempo que criamos a nós mesmos para um permanente “seremos”. O ciclo se fecha com a perfeição contínua e necessária da ordem natural das coisas, não menos dolorida e por vezes incompreensível, mesmo que tão explicitamente sabida desde o primeiro instante.
Talvez o tempo seja realmente a única existência imortal, e carregue consigo, mesmo que ninguém veja, as marcas de todas as existências.
terça-feira, 22 de abril de 2008
Não perder aquilo que, provavelmente, é só o que realmente nos faz sentido - os seres, as respirações, as dignidades, as vontades, os direitos.
Muita coisa ao mesmo tempo............... realização-risco-riso.
E eu quero tudo quanto houver em tudo o que quero.
Nós. E os que virão.
Esperados como sempre, amados como nunca, encantados como tudo o que não se define.
terça-feira, 8 de abril de 2008
Cada minuto de vida tem seu tempo suspenso. Mesmo o que falta. Mesmo o que ainda será.
sábado, 22 de março de 2008
http://www.ciadedancas.apbd.org.br/abcdanca2008
Realização:
Companhia de Danças de Diadema
Associação Projeto Brasileiro de Dança
Em parceria com:
Prefeitura do Município de Diadema
Prefeitura do Município de Santo André
SESC Santo André
Prefeitura de São Bernardo do Campo
Prefeitura de São Caetano do Sul
IMES - Universidade Municipal de São Caetano do Sul
SESC São Caetano
Prefeitura do Município de São Paulo
Teatro Itália, TD-Teatro de Dança
Acervo Mariposa - projeto V.H.S. ABCDança.doc
Projeto contemplado pelo PAC 15 -
terça-feira, 18 de março de 2008
Sentou-se ali diante e observou-os. Estava aprendendo a se ver depois de sempre. Teve vontade de dizer dos labirintos e das bagunças dos sonhos. E vontade de estar, apenas antes teve vontade de dizer. Sentiu uma pena por apego às palavras quando leu as que foram apagadas, queria poder vê-las guardadas todos os dias, embora não pertencessem mais a ela. Sentiu vontade de ser capaz de fazer compreender o que era. Descobria como receber. Chorou como criança, pelos olhos, pelos poros, até tão tarde que perdeu a conta. E pediu às tantas águas vertidas pelos dois corpos, misturadas, que ao evaporar não levassem nada embora: nem história, nem um e nem outro, nem quem também lhe soprava amor todos os dias. Chamou.
domingo, 16 de março de 2008
Dança em jogo, ou jogo em dança, caos, exposição. Gosto dessa "desconexão alinhavada", das imagens, da energia, do ambiente. Homem, palhaço, tensão, personalidades, universos.
Então foi a hora de assistir ao que teria sido. É mais ou menos nisso que estava pensando. Ficou ainda uma vontade de estar do outro lado, enfim... Gostei demais.
Um conto idiota
(J. Garcia & Cia.)
de 6 a 16 de março
qui a sáb: 20h / dom: 19h
Galeria Olido (Av. São João, 473 - Centro)
tel.: 3331-8399
sexta-feira, 14 de março de 2008
fluxosemnexoco(m)nexo
escreverespiraçãoacanetatafalhandonãoestavaconseguindoescreveracabeçatápensandonascoisasquefalarameunãopensavaqueeradessejeitorespirarpracomeçarenquantooqueandaseelaborasemsaberqueissoestáacontecendojáqueaconteceuumaviradanavidadeuvontadedesóusaraletravdeverdadeeodeslocamentoantecedeoqueseplanejaeoquesaidolugarnochãoquejáfoibrancoservedeapoiosemninguémsaberinconscienteporque
sábado, 8 de março de 2008
Para quem quiser: "A metamorfose", agora, só em uma próxima temporada. "O processo" ainda dá tempo, nesse sábado. As outras duas não vi ainda.
SERVIÇO:
Cia Borelli de Dança
A Metamorfose, sextas 29/2 e 7/3 às 20h;
O Processo, sábados 01/3 e 8/3 às 20h;
Carta ao Pai, domingos 02/03 e 9/3 às 18h;
Carne Santa, 14 e 15/3 às 20h e 16/03 às 18h.
Teatro Itália - TD/Teatro de Dança
Avenida Ipiranga, 344, subsolo / tel.: 2189.2555
Entrada: R$ 4,00 / R$ 2,00
terça-feira, 4 de março de 2008
Espaço sem jaulas, nem correntes, nem neuroses a cada segundo.
Liberdade e risco.
O contrário é de um sufocamento tão intenso que nos mata coletivamente, como por vezes já é.
Se não pudermos respirar e, vez ou outra, fechar os olhos, algo não vale à pena.
- o de hoje é mais um pretexto. Isso é muito maior.
Se alguém tiver "notícias" de um fusca azul marinho, ano 1986, placa BLZ-2798, entre em contato, por favor (isso é verdade, ele foi roubado hoje, terça-feira, por volta de 8h da manhã).
Na espera, agora.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
ONDE ESTÁ A EXCELÊNCIA?
No “Caderno 2” do “Estadão” de 29 de janeiro, chama a atenção a reportagem cujos título e subtítulo são: “São Paulo ganha a sua cia. oficial” e “Secretário João Sayad busca excelência e anuncia R$ 13 milhões para instituição”. Num primeiro momento, pode-se pensar: “Que legal, uma nova companhia de dança sempre é bem-vinda”. Mas, com uma leitura mais atenta, percebe-se a cilada armada. Uma visão pautada pela tecnocracia, ultrapassada, que confunde política cultural com ação midiática. Um secretário que fala como economista ou fala realmente em cultura? Sua falta de conhecimento sobre dança é de provocar estupefação, indignação e horror, de ruborizar. O secretário diz estar em busca de excelência na dança e comenta: “Você não contrataria um excelente diretor administrativo para a sua empresa se ele não fosse brasileiro?”
Prosseguindo, com notório e admirável conhecimento de causa faz, ainda, uma comparação de mau gosto: “O que você escolheria: salvar a Varig ou começar uma Gol? É mais fácil começar algo novo do que consertar o já existente”. Parece que o secretário considera o que fazemos uma arte falida, uma dança que não deu certo. A partir de que conhecimento faz uma afirmação tão sem propósito quanto essa? O que o secretário chama de “busca de excelência”? Somos nós, cidadãos, quem esperamos secretários, gestores, governantes com excelência. Será que também teremos a chance de procurá-los na Europa, em Nova Iorque ou quaisquer outros lugares que nos permitam construir uma política de alto nível, como o secretário sugeriu para a dança?
Outra afirmação curiosa do nosso secretário de cultura é a de que o teatro, ao contrário da dança, já produz com excelência. Por onde será que o secretário transita? O teatro tem a sua excelência sim e, certamente, em sua maioria, trabalha, sem sede própria e sem contratos via CLT. Ajudaria-nos muito se o secretário, aproveitando seu notório conhecimento de economia, pudesse mencionar quantos grupos de teatro possuem artistas contratados via CLT? Será que ele tem noção das péssimas condições enfrentadas pela grande massa de artistas trabalhadores no estado de São Paulo? Ou será que se refere aos acobertados pela mídia televisiva? Realmente, fico na dúvida!
Cultura não é balcão de negócios, não é pregão, não é bolsa de valores. A dança não precisa desse tipo de mentalidade de governo que o secretário propõe. A dança precisa de um projeto cultural sério e ético, que privilegie a formação de uma classe, que privilegie uma mudança de pensamento. Onde estão as propostas consistentes, honestas, sérias, inteligentes, sobretudo ousadas, da política pública envolvida nessa ação? Quando discutiremos os aspectos estéticos e éticos da Cultura?
Quando discutiremos a dança, essa arte tão fragilizada, como a poesia também, com um espaço cada vez menor e com um pensamento singularmente pobre e medíocre como o apresentado?
Existem propostas no governo estadual nas quais está inserida uma reflexão sobre a sobrevivência dos grupos e criadores que optam por trilhar rumos artísticos que discutem, agridem, instigam, duvidam e polemizam? Isso não poderia ser incluído na pauta de algumas das reuniões que acontecem a portas fechadas entre valorosos burrocratas-gestores de cultura?
Que tal falarmos do combate à fome, à fome de cultura que extermina diariamente milhões de brasileiros que se alimentam de restos podres de enlatados e plastificados abertos e jogados nos lixões? Que tal tratarmos seriamente da inclusão social, sobretudo da inclusão de criações artísticas que subvertem os valores predominantes impostos, que resistem e questionam? Que tal banirmos essa kultura-Hembratur?
Criminoso, nefasto e fascista desprezar produções de uma grande dimensão estética, desprezando também as funções sociais e políticas dessas criações. E são várias secretário.
Grande imbecilidade manter vínculo placentário com as culturas européia e estadunidense, achando que isso irá minimizar os efeitos de uma sociedade mal informada que produz julgamentos equivocados, tendenciosos, estreitos, hipócritas e exclusivistas. Grande imbecilidade achar que os próximos gestores desempenharão melhor seus papéis. Ou que serão menos devastadores.Ou que abalarão os códigos culturais institucionalizados.
Que imbecilidade a minha em ter acreditado nisso um dia.
Infelizmente, estamos condenados a conviver com senhores ensebados com suas jugulares em nossas gargantas e com suas idéias empoeiradas por algum tempo ainda. Felizmente, artista é como barata ou rato ou escaravelho, não existe meio possível de exterminá-lo. Pois bem, 2008 está começando, vamos celebrar e cantar juntos o hino do Estado de São Paulo e festejar a sua companhia de dança.
Parabéns.
Sou artista e, portanto, estou condenado a viver para sempre.
Sandro Borelli
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sim, vale à pena ler.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
sábado, 16 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
sábado, 9 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Diário
Olha por dentro. Haveria tanto para rever, não fosse algo que faz não saber mais. Lembranças como algo que não viveu. Não sente, apenas conhece, só. Tão chato. Tão separado. Como histórias alheias ouvidas sem atenção, sem importância. Não têm pele. Pequenas gravações reproduzidas, das quais não participou. Fica sabendo de si e poderia passar pra frente a história deslocada.
Mas escorrega um cheiro, um gosto, um som. Ou palavras. Instantes para pegar de volta a própria vida não para saber. Passa a ser.
Dá tempo ainda de liberdade?
Dá tempo de justificar, tempo de compreender os processos lentos de transformação, percepção, a necessidade dos nãos, dos nós, de nós?
De precisar não ser em parte, pra poder ser por inteiro?
Tempo de não ter tudo para ser o mais importante (para quem?)?
Tempo de ainda todos não acabarem, de tentar voltar ao que por tanto tempo e há tanto tempo foi?
Tempo de retomarmos nossa condição animal-mundo-ser-vivo-gente-pulsação-...-...-...-...-...-...-...-...-...-..........................?
Dá tempo de explodir pra, ao menos, ter o que recolher?
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
domingo, 3 de fevereiro de 2008
Tudo o que se cria estabelece alguma forma de vínculo. Se não é para isso, não há porque estarmos no mundo. Tanto assim? Sim... (?) Se no fundo de qualquer ação humana está a necessidade da relação, do contato, da troca, ainda que aparentemente solitária, tanto de tudo que há a cada esquina torna-se ainda mais aterrorizante num momento pré-implosão de nós mesmos. Quanto ainda iremos durar? Talvez nossa mínima "obrigação", sem o peso do termo, seja abrirmos os olhos. E nos reconhecermos.
... ... ...
Muito do que explodiu passou a andar em linhas horizontais. (são imagens).
... ... ...
recuperando de muito tempo atrás, mas sempre... (nas duas línguas, porque a sonoridade original - que parece que "ouço", lendo, mas não sei pronunciar com exatidão - é bonita demais):
Fábula de la sirena y los borrachos
"Todos estos señores estaban dentro
cuando ella entró completamente desnuda
ellos habían bebido y comenzaron a escupirla
ella no entendía nada recién salía del rio
era una sirena que se había extraviado
los insultos corrían sobre su carne lisa
la inmundicia cubrió sus pechos de oro
ella no sabía llorar por eso no lloraba
no sabía vestirse por eso no se vestía
la tatuaron con cigarrillos y con corchos quemados
y reían hasta caer al suelo de la taberna
ella no hablaba porque no sabía hablar
sus ojos eran color de amor distante
sus brazos construídos de topacios gemelos
sus labios se cortaron en la luz del coral
y de pronto salió por esa puerta
apenas entro al rio quedó limpia
relució como una piedra blanca en la lluvia
y sin mirar atrás nadó de nuevo
nadó hacia nunca más hacia morir."
(Pablo Neruda)
"Todos estes senhores estavam lá dentro
quando ela entrou completamente nua
eles tinham bebido e começaram a cuspir nela
ela não entendia nada acabava de sair do rio
era uma sereia que se tinha extraviado
os insultos corriam sobre a sua carne lisa
a imundície cobriu os seus peitos de ouro
ela não sabia chorar por isso não chorava
não sabia se vestir por isso não se vestia
tatuaram-na com cigarros e com rolhas queimadas
e riam até cair no chão da taberna
ela não falava porque não sabia falar
seus olhos eram da cor de amor distante
seus braços construídos de topázios gêmeos
seus lábios se cortaram na luz do coral
e de repente saiu por essa porta
mal entrou no rio ficou limpa
reluziu como uma pedra branca na chuva
e sem olhar para trás nadou de novo
nadou até nunca mais até morrer"
.... ... ...
Por que isso, agora?