quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Diário
Olha por dentro. Haveria tanto para rever, não fosse algo que faz não saber mais. Lembranças como algo que não viveu. Não sente, apenas conhece, só. Tão chato. Tão separado. Como histórias alheias ouvidas sem atenção, sem importância. Não têm pele. Pequenas gravações reproduzidas, das quais não participou. Fica sabendo de si e poderia passar pra frente a história deslocada.
Mas escorrega um cheiro, um gosto, um som. Ou palavras. Instantes para pegar de volta a própria vida não para saber. Passa a ser.
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