terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Um objeto de cada vez, pegava da mão de alguém, colocava no bolso, muitos. O sorriso intermitente durante isso que durou muito tempo. Talvez mais de 60 anos, talvez muitos a menos com a diferença envelhecida na rua. Só calça. Não tinha camisa, não tinha sapato. Pra quem via com olhar óbvio, não existiam objetos também, nem quem os entregasse. Pra ele que via mais, existia tanto que se despediu agradecendo com tapinha nas costas de ar. Alguma imaginação quase infantil, que seria bela se não fosse delírio. Ou era bela, embora delírio. Ou seria delírio, se não fosse verdade.
 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

que talvez não saiba agir sem ser reação, que no encontro do corpo com o mesmo corpo de si, revela-se/me o corpo de dentro com a mesma transparência velada de poesia escrita, tão múltipla nas leituras quanto óbvia na sensação sem nome. Que o pensamento vire suor, porque é quando escorre que vai ser matéria expandida no espaço.