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É tudo pretexto para que isso não deixe de acontecer. Eu te-me-nos conecto por um fio, tu me-te-nos conecta por um sopro. O espaço ao redor de nós, todos nós, nos-te-me-nos conecta ainda que pela ausência, e essa ausência tem(e) o peso dos silêncios áridos, ácidos, silêncios queimados, rastros dos restos dos pedaços de som. Há sempre milhares de janelas por onde as cabeças (sempre elas) dos vizinhos alongam os pescoços espiralados. Querem fazer parte do que é alheio, querem conectar-se-nos-todos, mesmo que em fragmentos.
para Abissal . iN SAiO Cia. de Arte
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