terça-feira, 18 de agosto de 2015

Os olhos sumiram. Estavam lá, imagino, mas por trás de uma sombra qualquer fantasiada pelo meu olhar que não enxergava bem. Da neblina que meus olhos criaram naqueles, desenhei o que achei que poderia ver, pensando que quem traçava não era eu, talvez supondo que o que eu rabiscava, estava. Sem saber e sem sabermos eu escolhia cada intenção que pensava ver, possíveis que eram todas de emergir. Eu que sem ver, pensava que via, não via que os outros olhos devolviam o olhar, também. Não via que o que eu pensava que inventava, era.
para Abissal . iN SAiO Cia. de Arte
       

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