terça-feira, 6 de setembro de 2011

  
Subi os degraus no ritmo do piano (meio francês?) e isso tinha alguma comicidade que só eu escutava. O tempo corre mais quando não pode. Na quase última parte do caminho, o outro lado do vidro e um banner de copo amarelo espumante. Puxam assunto nessas conversas vindas do desconhecido, e tiro o fone para saber. "Se eu fosse 'da alta', proibia isso. Eles querem viciar o povo. Coisa horrível. Podia ser uma foto de um morango bem bonito, ou um refrigerante geladinho. Mas isso? O médico hoje me disse que eu tenho 52 anos mas não pareço. Claro, eu não fumo, não bebo, e o povo aí só vive na bagunça. Aí ainda tem gente que olha essas fotos e fica querendo beber isso. Chegou meu ponto, vou descer, até mais e um bom dia". Eu: nem dava tempo e nem nada o que responder; em instantes tinha me tornado parte (divertida) da bagunça. Atraso calculado e foco no novo começo. O retorno parece não ter previsão - enquanto isso, registro.
  

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