Tinha palavras que despencavam pra lugar algum. Palavras de cera, papel, papelão, palavras duras de madeira antiga, que derretiam ao som das outras, virtualmente escritas. As suas, de antes, desfaziam-se em moléculas líquidas, pelos olhos incertos, sempre incertos, como que estrábicos interiores. Espaços de saudades muitas, teias e fragmentos. Palavras que saltam antes, sussurros ou gritos, matérias de ar. Madrugadas emaranhadas em travesseiros sem sono.
sexta-feira, 2 de abril de 2010
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