Já era quase dia seguinte quando consegui finalmente ouvir ao vivo a finalização de uma segunda-feira tão exaustiva quanto histórica pra essa mulher. Tantas horas depois e ela ali inteira, digna, consciente, clara, segura. A força de argumentação lúcida depois de mais um degrau pro golpe escancarado, além das ruas com bomba e fumaça graças aos "coronéis-paulistas-militares", os pretensos donos do mundo, covardes alckimistas do gás de pimenta. De Dilma, uma gestão imperfeita sim (e alianças espúrias, sem dúvida), mas sem crime como é sabido e reforçado e mal-disfarçado; ela lançada diante de uma aberração de proporções tão grandes quanto este julgamento injustificável. A rasteira golpista em fase de concretização final, a descida ladeira à direita, mas fica sua figura de resistência e coragem profundas diante desse processo mentiroso e fascista.
terça-feira, 30 de agosto de 2016
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
Esse manco que somos todos nós sempre que falta, sempre que suspendemos para saber algo antes de ir. Essa pele que desvestimos pra voltar a caber-nos, dentro e fora da luz, por dentro ou ao redor das sombras. Também somos feitos dos espaços que ocupamos, das calçadas que pisamos, das figuras que trançam os lugares, dessas noites múltiplas como os lados de dentro e desses dias muitos como tantos nós. De repente um flash deflagra. Um black-out também. Caminha, caminha, cava. Encontrar também é continuar procurando. Deixamos. Insistimos.
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