sexta-feira, 21 de maio de 2010

               
Desabafo ansioso,
não tem jogo nem brincadeira,
nem desleixo, nem pouco caso
não pra machucar,
é impulso que depois falta
talvez não sono, ou profundo de um outro cansaço
choro abundante em torno das palavras, ditas ou não
um dia parece mais, como serão se forem tantos?

Isso: saudade.
              

quarta-feira, 12 de maio de 2010

              
Mais nada a dizer, no entanto todo dia parece que...
De novo, para mim ou para quem?
Da incompletude num e n'outro estado, de estar ao contrário sempre e em qualquer escolha.
Ao inverso de mim, um e outro verso vazio, reverso do que?
Frio Chove Sono Só.
        

domingo, 9 de maio de 2010

                    
Se pudesse, explicaria os impulsos. O repentino das palavras, embora saibamos do tempo que levam para tomar forma. Do brusco silêncio de proteção de dois, de deixar para nós o espaço para que cada dia chegue à noite, sempre mais apertada e fria. Explicaria sobre sentir, e explicaria a ambos, para que nos fizesse algum sentido. E aconchegaria as solidões, e traria a calma de que era assim, ou não seria - assim, como quem acorda de repente impulsionada pelo próprio medo. As poucas palavras espalhadas, leio, sabe, e são precisas entre tanta poesia. Perda. Ar.